Blog do Vlad!!!

Monday, May 17, 2010


O recurso mais escasso...

Dia desses, pra ser mais preciso hj, pra ser ainda mais preciso algumas horas atrás; me veio a cabeça uma série de pensamentos e tantos foram que decidi até a registrá-los aqui. Sei q faz tempo q ñ dou o ar da graça, mas de certa forma o assunto em questão pode até explicar esta ausência... e pode explicar diversos outros aspectos da vida moderna, sua e minha.

Certa vez, durante uma palestra , que já não lembro tão bem de quem era ou mesmo que tema principal abordava, ouvi que na escola filosófica alemã, há, entre os diversos autores, um objeto ao qual sempre atribue-se um grande valor. Foi sobre este objeto em específico que durante algumas horas do dia minha idéia se fixou.

Este objeto é o tempo. Sim, o tempo... que é algo mais do que real, presente, relevante, mas que a gente as vezes acaba levando como um sujeito oculto. Ele está lá; nós sabemos; nós nunca esquecemos, até pq no final do dia, do expediente, ele sempre nos lembra.

Ouvi uma vez numa aula da pós-graduação que o tempo é o recurso mais escasso na vida das corporações, foi aí que comecei a pensar sobre ele. Primeiramente pq de fato as corporações ñ dispõe de tempo, quando análisamo-nas sob a ótica da pessoa jurídica. O tempo, como nós homens, também faz parte da criação (seja sua visão creacionista ou evolucionista). As corporações ñ fazem parte desta mesma fase da criação; as corporações foram criadas, pensadas, idealizadas por nós. Nós dispomos de tempo, as corporações não. Assim, começo a ter um primeiro pensamento sobre quão valoroso é o tempo e é este tempo que negociamos no mercado.

Nós temos a ilusão de que alguém nos contrata pelo nosso conhecimento, nossas capacidades... mas não apenas. Enquanto você passa por uma empresa, por exemplo, você de fato dedica seu conhecimento, experiências, habilidades. Mas quando você sai desta empresa, você não deixa estes itens lá. Eles continuam sendo propriedade sua. Por mais que você deixe algo para trás, uma patente ou algo assim, você carrega consigo o conhecimento. O que as empresas realmente buscam e usam, e algumas vezes pagam caro para usar, é o seu tempo.

O tempo sim, você deixa lá e não leva consigo. É isso que os alemães diziam... que o tempo é valioso, porque ele não volta mais. As empresas em suas negociações com fornecedores estão sempre buscando o tempo: quem compra quer reduzir o tempo do vendedor, para aumentar o seu; quem vende quer mais tempo pra entregar. E se saímos deste ambiente corporativo para pensarmos em outras questões, o tempo terá o mesmo destaque.

Pense num relacionamento conjugal, por exemplo. No final de um namoro, na maior parte dos casos, os (ex) apaixonados se lamentam e sofrem. Pensamos que este sofrimento se dá pela sentimento de ter-se entregado (seus sonhos, desejos, pensamentos, e algumas outras coisas) e a frustação posterior a esta entrega. Mas de fato não é o se entregar por si só que causa o remorso, mas, inconscientemente, a frustação pela entrega do seu tempo. A (ex) apaixonada no fundo ñ se queixa por ter entregar-se, mas, principalmente, por ter entregado o seu (precioso) tempo ao canalha em questão.

Ainda num relacionamento conjugal, conseguimos ver só não o valor do tempo por si só, mas como ele supera muitas vezes outros elementos. Um casamento é um exemplo de como os projetos carecem demasiadamente de tempo. O investimento de tempo em ambas as partes (neste caso ao outro) realmente permitirá a continuidade desta relação. Muitos acreditam que o dinheiro, por exemplo, pode sustentar uma relação assim, mas não. Nem todo dinheiro do mundo conseguirá sustentar (com qualidade) um relação. Ela pode até permanecer, mas ñ exitirá em essência, subsistirá. o mesmo acontece com relacionamento entre pais e filhos ou até amizades... a dedicação do tempo é que permite a longevidade.

Por essa e outras começameos a entender que de fato o tempo é um recurso valiosíssimo, do qual todos incialmente dispomos, mas que temos de pensar e tratar não como sujeito oculto. Deve ser encarado como um elemnto de destaque nas nossas decisões... e que deveria também se encontrar em pé de igualdade a outros valores que permeiam nosso caminhar.

Afinal já disse o poeta... a vida é curta, e acaba...