Justiça a qq preço
Para os ñ habituados, nesses últimos dias nos foi possível conhecer uma nova palavra: nepotismo. Mas para aqueles que ainda ñ tiveram a oportunidade de conhecê-la, vai ai seu significado: Nepotismo, segundo o bom e velho Pai dos Burros, é o "favoritismo de certos governates aos seus parentes e familiares, facilitando-lhes a ascensão social, independente de suas aptidões", ou seja, autoridades que empregam seus parentes.
Essa palavra surgiu da excessiva influência que sobrinhos e outros parentes dos papas exerciam na administração eclesiástica durante a Idade Média. No nosso caso, em especial, ñ se tratam de governantes especificamente, muito menos de autoridades religiosas, e sim de membros do poder judiciário. Nessa semana, foi (vamos assim dizer) decretado o fim do nepotismo no sistema judiciário brasileiro. Com isso, de acordo com declarações do ministro Nelson Jobim, cerca de 1700 pessoas, parente de juízes e desembargadores, serão exonerados ("demitidos") de seus cargos.
Existem dois lados da moeda a se analisar e os dois têm sido divulgados pela mídia. O STF luta para estabelecer uma estrutura ética dentro de seus orgãos e os seus membros lutam para preservar o emprego de seus colaboradores. Até situações atípicas ocorrem, como o fato de o STF criar leis, função atribuída aos deputados e senadores.
Difícil se analisar o que está realmente certo, o q pode ser percebido, ainda mais nos tempos vividos nesse país, é o desejo de justiça a qq preço q o povo expressa.
Podem ser bons funcionários, podem ser pessoas éticas e honradas, mas ainda assim ñ é forma mais justa de se conseguir um emprego, ainda mais um emprego público. Não serão 1700 empregos perdidos, e sim 1700 vagas de trabalho q se abrirão e serão disputadas de forma honrada. Esse país precisa apagar certas heranças históricas de injustiça, ñ é a forma de acabar com todas as coisas erradas, mas é um sinal de que as coisas podem ser diferentes. Infelizmente alguns sofrerão, mas justiça seja feita.